segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

 SEXTA-FEIRA

Essa sexta-feira amanheceu de sol brabo! E fez calor desde a madrugada, começou ali pelas 4 da manhã, tanto que o edredom ficou a um canto, inútil, diferente das últimas noites.

A casa acordou já animada para arrumações, limpezas, comidas, como se a energia solar tivesse se misturado à urgência das tarefas e compromissos. Pela janela do meu quarto, mergulho no mar azul parecendo me deslocar silenciosamente rumo ao infinito. E nesse universo misterioso os pensamentos pululam junto à claridade da manhã: sobre o que penso hoje mais amiúde? Ah, nem demoro: penso em meus amores. Num átimo de segundo, passam todos eles na minha frente, talvez, tentando, inebriar o espetáculo iluminado. O que concluo sob o amor, o que vivi dele e por ele? Sempre, sei, escolhi primeiro por amor mesmo quando eu nem sabia o que era. Hoje sei menos ainda disso, de amor, apesar de ter entendido que ele não existe em razão de quem amo, mas em razão de quem sou.

Tão libertador aprender isso; tão libertador o esplêndido dia de sexta-feira! E, quantas possibilidades prometem as horas seguintes?  Olho para o céu de anil coalhado de nuvens carneirinho: nada pode dar errado num dia como esse, nada mesmo. carpe diem!

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