segunda-feira, 16 de maio de 2022

DETALHE ENCANTADOR

Nesse ano, 2022, comemoramos o dia das mães muitas vezes. Começou com o almoço com a Clara que durou a tarde toda de sábado: o menu? Sushi, evidentemente; ela iria viajar na manhã seguinte cedinho. À noite, eu e mais duas amigas, fomos jantar no Verona, o restaurante que tem a fonte do amor eterno de Romeu e Julieta, ouvindo a Amanda. Alegria em penca até aqui.

O domingo começou ao amanhecer, claro, não poderia ser de outro jeito, mas para mim foi de jeito diferente: levei a Clara ao aeroporto de madrugada, quase, para ela curtir praia ainda de manhã que o tempo urge. Em casa de volta, cuidei do cachorro, joguei estapafurdiamente água num vaso ou outro de plantas, daquelas que não tem água que chegue, tomei banho e me vesti de domingo,

Amanda me pegou pelas 8 horas e partimos pro Café do Fred, Meet and Coffee, onde Amanda se apresentaria de novo. Ah, imagina a delícia de um cappuccino com quiche sob sombra de esplendorosas sibipirunas! E ouvindo a voz  doce de minha cantora predileta.

Bem ali, andando sobre folhas e gravetos foi  que fiz a vídeo-chamada para minha primogênita que mora no lado frio do Brasil. Mesmo que o dia já tivesse acontecido em boa parte ela ainda estava na cama. Se levantou sacudindo os cachos e fez um tour pela casa nova. Vida nova, minha Carolina, que seja muito melhor do que imaginou porque você batalhou empunhando espadas, digo, canetas e livros, para viver essa vida que escolheu. Lágrimas? Jorrando de contentamento, as minhas. Alegria em penca continuando.

A manhã já ameaçava virar tarde quando juntamos os equipamentos, Amanda, Danilo, o namorado e eu, e partimos para o Meliá 21. Outra apresentação, e eu, junto. Nem preciso falar do lugar, todo mundo sabe o que é um Meliá, mas o que me deixou maravilhada foi ver que o terraço onde ficamos dava de cara para o céu de Brasília, incomparável esplendor com nuvens brancas, juro que vi um coelho, espalhadas em fundo azul infinito. 

Quando Amanda começou a cantar, e o Beto na guitarra, hóspedes vieram cumprimentar, elogiaram muito; havia conhecidos comemorando a data e fomos apresentados a pais, mães, avós, filhos: alegria e carinho, muito disso.

Enquanto durou o show, andei pelo terraço, visitei a horta de manjericão, hortelã, pimentas, alecrim. Chequei o buffet que iríamos almoçar juntos depois e finalmente me sentei sob a sombra do pergolado esperando, e apreciando. Foi aí que um garçom botou uma taça, dessas esguias de cabo longo, borbulhando de champanhe rosé na minha frente. Olhei sem dizer nada, muda da surpresa,  e ele foi embora sem dizer nada. Uai, menino, peguei a taça e beberiquei o conteúdo pouco a pouco até não sobrar única gota.

Mais tarde, ao final do show, os frequentadores do restaurante vieram cumprimentar e se despedir dos músicos. Foi quando um homem simpático me disse: "mãe que acompanha a filha talentosa pra comemorar o dia especial merece celebrar com champanhe.”  “Obrigada.” foi tudo o que me coube dizer. Tim, tim!

Brasília, DF, maio de 2022.