segunda-feira, 23 de junho de 2008

O QUE EU QUERO - Poesia

Nesta tarde arredia
Ou será manhã? Ou noite?
de querer dormir, nunca acordar
vou partir ou vou ficar?

Pode tudo acontecer,
de surpresa, de alegria,
de torturante tragédia, mas
me deixo meditar buscando
o que eu quero ser.

Posso ser o que bem – ou mal – quiser.
Livre estou mulher que sou
forte, corajosa, segura,
isso sim, eu queria.

Mas se quero chuva
p’rá aconchego de cobertas,
também quero sol luminoso
para caminhadas sem pressa.

E também quero a solidão
para ouvir meu coração.
Mas quero borbulhante festa,
para dançar até, do dia, o primeiro clarão.

Quero também um grande amor,
novo, antigo, não escolho.
Para me lembrar como é
beijo fundo, ardente
fazendo tremer corpos rentes.

Quero uma grande paixão
de me perder da razão.
De me levar onde não fui,
para me acender que nem chama
e mostrar que ainda posso,
ser o que bem quiser.

Quero me sentir de novo viva,
quero sentir de novo o brilho
de um olhar de amor.
Sentir do beijo de paixão, de novo, o sabor.

Quero sossego... e dança.
Quero ir... e ficar.
Quero a lua... e o sol.
Quero ser... o quê?
Não sei,
o que fazer, ou ser.

E essa tarde de preguiça,
talvez cansada de me assistir,
virou noite.

Magda R M de Castro
Março de 2005

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