segunda-feira, 23 de junho de 2008
ESSE NOSSO CAMINHO DE VIDA
Um dia fui criança, olha só, quem diria?
Um dia inocente, o que não durou eternamente,
É que com o tempo, aprendi coisas,
Não tantas suficientes para saber o que viria
nem bastante para escolher, o que quer que fosse.
Criança ainda, ainda mesmo, que leva tempo para não ser,
aprendi aqui e ali, a ler, a dançar, a rir,
o porque de uma coisa e não outra
o porque de não uma e sim outra coisa.
Devagar, lição e lição se juntando, aprendi mais
Sobre teoremas, minto, disso não sei nada,
Sobre a família, proteção e aconchego
Depois sobre amigos, tão raros tão caros,
nem sempre, em meio a imagens vãs, tão claros.
Mais um pouco e aprendi sobre o amor,
Melhor: aprendi que se desaprende para amar,
Que não tem forma, jeito, receita,
Que o verdadeiro é mesmo real, não só ilusão.
Aprendi, então, fundo n’alma,
não é possível viver sem amor, que seja,
de pais, irmãos, filhos, amantes
É o amor que a tudo dá sentido, beleza.
E, buscando viver bem a vida que me convinha,
acumulando descobertas, uma a uma
as lições me trouxeram aonde sou.
E mesmo agora, indicam para o que vou.
De cada coisa que aprendi,
mesmo em meio às que esqueci
o amor é a que mais conta.
Sem ele, o sol até nasce mas nem brilha,
Sem amor, o passo é dado, mas tão trôpego!!
Então, se é assim apenas para mim, não sei,
O que sei é essa a melhor das lições que aprendi:
que por amor, por causa dele, vivi até aqui,
e que não mais, nem um dia sequer,
nesse caminho que ainda está por vir,
sem amor, não mais viverei.
Magda R M de Castro
Brasília, DF, 20 de março de 2008.
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