segunda-feira, 23 de junho de 2008

ALMA DE MULHER - Poesia

Sou mulher,
nada fácil de entender:
sou feliz quando o dia amanhece
sou triste quando a tarde vem.

Rio quando estou feliz.
Choro de felicidade também
mas, mais, quando triste.

Levo comigo, nas minhas andanças:
ora alegria, ora tristeza,
ora esperança.

Gosto de perfumes, cabelo arrumado.
Sapatos macios mas bonitos
Também gosto de anel de brilhantes.
Com carinho, pode ser folheado.

Só me lembro das coisas boas,
as ruins transformo em bem.
Sou forte quando acredito.
Se duvido: nem vem!

Amo a noite para dançar.
Amo o dia para me aquecer.
Amo música, luz e livros.
Amo crianças, e flores,
e animais..

Posso estar triste num minuto
e feliz logo a seguir,
Posso ir da ira à doçura,
ou vice-versa, sem custar muito.

Um olhar, um carinho,
para uma mulher – como eu,
simples – ou sofisticada...
Basta p’ra dor virar nada.

Sofrimento, luta de vida, alimento.
Felicidade, sempre, no fundo.
Altiva, em frente, coragem:
sem medo – quase – do mundo.




Sou mulher,
Não me queira entender.
Amo as coisas simples,
e do luxo também gosto.

Ao me dar grande presente,
não procure muito longe:
me tome nos braços e afague
e me fará muito contente.

Tenho a força da raiz profunda,
o perfume do branco jasmim,
a alegria de pássaros a cantar,
a resistência da rocha no mar.

Tenho a eternidade em meu ventre,
mãos delicadas para abençoar,
voz de veludo de cantigas de ninar.
E a fúria de vagas a arrebentar.

Sou mulher,
Não tente me entender:
Fera ou anjo?
Você pode escolher.

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Magda R M de Castro
12 de junho de 1997

Poesia premiada em concurso do Sindicato dos Professores de Escolas Particulares de Brasília, em 2006.

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