VENTOS DE AGOSTO
Não acredito, mas assim que abri a porta da rua, um carro veloz avançou sobre a calçada que eu pisava. O susto foi grande que gritei com o motorista pra usar a rua, olha a calçada quebrada, o que talvez ele não tenha ouvido, espero. Mas foi por um tris que me livrei dessa.
Precisei sair pra ir à feira comprar queijo e castanhas depois ao mercado comprar pão. Quando terminei, ao atravessar a rua, olhei pra lá, olhei pra cá; tudo certo, avancei. Foi o tempo exato de levar outro susto: um Jeep avançava rápido em marcha-a ré bem no meu rumo. Uma moça gritou. Pulei, melhor, meu coração. A valença é que sempre ando com água na sacola. Dois goles, me acalmei; e rumei atenta pra casa. Tranquei a porta por dentro e fui ver se ainda havia incenso, do brabo, pra queimar.
Não é que acredito...
Magda Castro
Brasília, DF, 04 de agosto de 2025.
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