CONJECTURAS IMPRECISAS
Nesses dias típicos meus, gosto de devanear e numa das coisas que pensei hoje cedo enquanto no meu banho, de sol, regando minhas plantinhas é de como serei quando for velha. Tem gente que acha que já sou, o Estatuto do Idoso prova, e meu espelho rí da minha cara a cada dia mais amassada. O que é importante, entretanto, é meu coração acreditar ou não.
Raciocino, o que já é ponto a considerar bom; funciono toda mesmo que quicando parte ou outra. Até agora, não botei celular pra congelar, não andei nua em onde não é de bom tom, não rasguei dinheiro, pra citar os exemplos mais populares. Ainda cumpro compromissos, a consulta médica costuma ser o mais constante; pago em dia as contas, o que, claro, estão programadas eletronicamente; e datas não faço questão de lembrar todas desde moça, agora, então, estão relegadas ao ostracismo. Não me pergunte das notícias do dia: doei a televisão; não acompanho sítios de fofoca, vídeos de celebridades ou vida alheia: só dão canseira e desperdiçam meu precioso tempo. Ouço música e só aquelas escolhidas a dedo numa playlist quase acintosa que fiz. Leio livros, acabei de renovar os óculos pra tirar o atraso. E, finalmente, me deleito com séries asiáticas, e excepcionalmente, inglesas, quando quero tergiversar mergulhada num pode de pipoca doce.
Tudo o mais está em perfeito equilíbrio em seus devidos lugar e tempo.
Magda Castro
Brasília, DF, 07 de agosto de 2025.
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