terça-feira, 5 de novembro de 2024

DO QUÊ NÃO PRECISO

Que você me diga, conheço seus silêncios; ou que diga estar tudo bem quando seu olhar vagueia sonâmbulo. Quando sua voz mostra a calma que precede torrentes, suas mãos tremulam nos gestos de carinho. Sei de você, de seus abismos; sei da luta insana para vencer demônios, mais, os seus.

Não precisa me contar de novidades pequenas puro disfarce: saberei que o mundo inteiro gira em seu coração quase só dor. Não preciso que me conte de seus medos: saberei deles quando seu riso for pálido ou sua gargalhada durar mais que as outras, disso sei. E quando essa gargalhada for longa demais será o prenuncio do jorro de lágrimas que durará dias, semanas, disso não sei até quando. 

Do que preciso, entretanto, é que você resista mais um minuto, muitos até durar um dia, depois dois, três, talvez nem tanto, apenas o suficiente para emergir de novo e redescobrir a sua magia, magia só sua, encanto só seu. Encanto e magia que vão acompanhá-la seja sol seja lua. 

Amo você.

Por

Magda Castro

05 de novembro de 2024.


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