Me sinto tão tola
por amar tanto o céu
a chuva redentora, o verde do
mundo,
a flor gloriosa, linda, pequena,
sim, maior que eu.
Me sinto quase triste
quando chega o outono
quando a grama se acinzenta
quando as árvores se desfolham.
Me sinto tão fria
no inverno me escondo
me recolho, me afasto
das tempestades do mundo.
Me sinto quase linda
Eis então a primavera
nem mais frio nem quente ainda
chuva nova, verde renascendo
ar gostoso de respirar.
Me sinto tão quente
no verão tempo de areia, de mar
estação de sol escaldante
de deixar a paixão brotar.
Tal folha solta sigo o vento
o calor do verão, a despedida do
outono
o silêncio do inverno, o frescor
da primavera.
Me sinto tão tola por ser feita
de estações!
Magda Castro, em setembro de
2000.
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