CERTO VERDE OLHAR
Quando
o conheci não percebi,
não
tão profundamente,
que
novo amigo chegava
e nem tão de repente.
Lhe
falei de coisas do meu coração,
contei
segredos de minh’alma.
Você
ouviu com tamanha atenção
como
se de tudo eu soubesse então.
Achei
que seria só por uma noite,
que
de manhã iria embora.
Vê
quão pouco sei?
Você
está aqui ainda agora
sobre
a vida, o amor, o mundo.
O
que posso lhe dizer?
Também
estou buscando!
Ainda
este olhar tão verde
que
me olha indagante
à espera de singela palavra
que
o ajude a ir adiante.
Não
me pergunte, não sei.
Sobre
o amor? você não iria entender
Sobre a vida? só você pode saber
qual caminho onde andar.
A este seu olhar indeciso
com
tantos rumos à frente
digo: “para fazer o que não sabe
faça-o
vagarosamente”.
Ainda
este seu verde olhar
do
amanhã quer que eu diga.
“Não
pule o hoje”, respondo
“para
não perder nada da vida”.
Ainda
seu verde olhar me pergunta
o que sou, o que mais penso.
Com
meu olhar no seu respondo:
“apenas
uma mulher tentando
não
se perder nesse oceano imenso”.
Ainda
este seu olhar
tão
verde, tão calmo
vem
em minha direção.
“Não
me pergunte mais!
nada
mais sei: perdão!”
“Nada
sei mais, caro amigo;
não
depois destes seus olhos
tão
verdes a me olhar
verde
fundo como o mar.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário